Os Desafios da Inteligência Artificial na Dublagem de Jogos

Dubladores renomados se pronunciam contra clonagem de vozes em jogos através da IA, destacando importância da preservação da identidade e nuances humanas. Necessidade de equilíbrio entre inovação tecnológica e preservação dos profissionais.

Os Desafios da Inteligência Artificial na Dublagem de Jogos

Os perigos da inteligência artificial nos jogos estão em evidência mais uma vez, especialmente quando se trata de clonagem de vozes de atores renomados. Recentemente, os dubladores de Baldur's Gate 3 e outros jogos proeminentes se pronunciaram sobre o uso da IA para replicar suas vozes. Durante a premiação BAFTA 2024, o portal Eurogamer teve a oportunidade de conversar com esses profissionais, revelando que a maioria é veementemente contra a clonagem de suas vozes através de inteligência artificial. Amelia Tyler, a narradora de Baldur's Gate 3, compartilhou sua frustração ao descobrir que sua voz foi reproduzida em conteúdo adulto, enfatizando que isso não apenas prejudica seu trabalho, mas também sua identidade pessoal. Para ela, essa prática deveria ser considerada ilegal. Samantha Béart, que interpreta Karlachem em BG3, expressou sua desilusão com o acordo firmado pela SAG-AFTRA e destacou a importância de mais proteção para os profissionais da área. Além das preocupações com a segurança e uso indevido de suas vozes, há a questão da substituição de atores e dubladores por inteligência artificial. Neil Newbon, que dá vida a Astarion, argumentou que a IA não é capaz de captar as nuances e interações necessárias durante uma sessão de dublagem, destacando a importância da presença humana nesse processo. David Harewood, conhecido por interpretar Warlin Door em Alan Wake 2, refletiu sobre a ameaça que a inteligência artificial representa para a profissão de ator, ressaltando a necessidade de encontrar maneiras de utilizar essa tecnologia para aprimorar, e não substituir, o trabalho humano. Ele enfatizou a singularidade de cada indivíduo e a impossibilidade de um computador replicar as peculiaridades de cada pessoa. Ben Starr, que dá vida a Clive em Final Fantasy XVI, compartilhou preocupações semelhantes, alertando que a rápida evolução da IA torna difícil para os sindicatos protegerem adequadamente os profissionais do setor. Ele reconheceu os benefícios que a inteligência artificial pode trazer para a indústria de jogos e cinema, mas ressaltou as consequências graves que ela pode acarretar. Diante desse cenário, é essencial que a indústria encontre um equilíbrio entre a inovação tecnológica e a preservação das habilidades e identidades únicas dos profissionais envolvidos. A discussão levantada pelos dubladores de Baldur's Gate 3 e outros jogos de destaque ressalta a importância de proteger os direitos e a integridade dos artistas, evitando a substituição indiscriminada por inteligência artificial. Se quiser ficar por dentro de mais conteúdos relacionados a jogos e tecnologia, não deixe de se inscrever no canal do IGN Brasil no Youtube e acompanhar as páginas nas redes sociais como Facebook, Twitter, Instagram e Twitch.

Fonte Notícia: https://br.ign....

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