O futuro incerto do TikTok nos Estados Unidos: pressão, proibição e vendas

Pressão dos EUA contra ByteDance para vender TikTok. Legisladores aprovam lei de proibição de apps controlados por estrangeiros. ByteDance tem 9 meses para vender. Preocupações com segurança e liberdade de expressão.

O futuro incerto do TikTok nos Estados Unidos: pressão, proibição e vendas

Nos últimos anos, houve uma grande pressão por parte do governo dos Estados Unidos sobre a ByteDance para vender o TikTok, um popular aplicativo de compartilhamento de vídeo, diante da ameaça de proibição total. O tema voltou a ganhar destaque com a recente aprovação, tanto pela Câmara quanto pelo Senado dos EUA, de um projeto de lei que exigiria a venda do aplicativo ou resultaria em sua proibição. Com a sanção do presidente Joe Biden, surge a dúvida: o que acontecerá agora com a proibição do TikTok? E em quanto tempo essa proibição entrará em vigor? A ByteDance estará disposta a vender o aplicativo para outra empresa ou optará por sair completamente do mercado dos EUA? O projeto de lei aprovado, conhecido como Lei de Proteção dos Americanos contra Adversários Estrangeiros, visa proibir a distribuição e a manutenção de aplicativos controlados por adversários estrangeiros na internet. Embora essa legislação tenha como alvo principal o TikTok e sua controladora, ByteDance, ainda aguarda definição no Senado. Contudo, um novo projeto que inclui a proibição do TikTok e ajuda externa à Ucrânia e Israel, países em conflito com Rússia e Hamas, foi aprovado, determinando que a ByteDance tem nove meses para permitir que os usuários exportem seus dados do aplicativo. Além disso, a empresa terá que vender o TikTok para um comprador sediado nos EUA, caso contrário, corre o risco de ser banida de um de seus principais mercados. O TikTok já enfrentou restrições em algumas regiões dos EUA, como em smartphones do governo federal e em diversos estados, onde sua instalação é proibida em dispositivos governamentais. Universidades também proibiram o uso do aplicativo em suas redes Wi-Fi e em computadores institucionais. O estado de Montana busca uma proibição total do TikTok, embora a medida ainda esteja em disputa judicial. As preocupações em relação ao TikTok têm origem nas alegações de que a empresa, sediada na China, representa uma ameaça à segurança nacional dos EUA, desde questões de censura até a suposta coleta de dados de usuários pelo governo chinês. Tanto a administração Trump quanto a de Biden buscaram proibir o TikTok, embora ironicamente Biden tenha recorrido ao aplicativo em sua campanha presidencial. Especialistas consultados destacam que a proibição do TikTok visa restringir a propriedade estrangeira, algo já praticado em diversos setores nos EUA. O debate em torno da proibição do TikTok levanta questões sobre violações de liberdade de expressão e privacidade de dados. Além disso, há preocupações sobre o impacto na Primeira Emenda e nas práticas de segurança cibernética. Especialistas em direito destacam a necessidade de cautela ao propor leis que possam restringir a liberdade de expressão, mesmo em casos de segurança nacional. Caso a ByteDance opte por vender o TikTok, diversos investidores têm demonstrado interesse no aplicativo, considerando seu crescimento e popularidade. A venda do TikTok poderia influenciar políticas de moderação de conteúdo e a base de usuários, dependendo do comprador ou licenciado escolhido. O importante seria garantir que o processamento de dados dos usuários norte-americanos não fique sob controle chinês ou da ByteDance. Em meio a toda essa controvérsia, a proibição do TikTok nos EUA marca um momento crucial na política tecnológica, refletindo a preocupação dos governos com a segurança nacional e a liberdade de expressão. O futuro do TikTok está em jogo, com desdobramentos que poderão impactar não apenas o mercado de aplicativos, mas também as discussões em torno da regulação da tecnologia e da proteção de dados em nível global.

Fonte Notícia: https://br.ign....

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