Explorando o Condensado de Bose-Einstein com Moléculas de Sódio-Césio

Descoberta do BEC com NaCs a 5 nanokelvin abre portas para avanços na física quântica. Técnica revolucionária usa microondas para alcançar transição de fase. BEC como simulador de propriedades quânticas.

Explorando o Condensado de Bose-Einstein com Moléculas de Sódio-Césio

Há 100 anos, os físicos Satyendra Nath Bose e Albert Einstein previram que ao atingir um ponto frio próximo do zero absoluto, as partículas que compõem um gás começariam a compartilhar propriedades e comportamentos. Esse marco na física levou 70 anos para se concretizar, com a criação do condensado de Bose-Einstein (BEC). Atualmente, estamos explorando novas formas de trabalhar com essa fase, graças à conquista do BEC através de moléculas de sódio-césio (NaCs). Esta é a primeira vez que um condensado com essa característica é alcançado, abrindo portas para possíveis avanços na física. O BEC é conhecido como o "quinto estado" da matéria, seguindo o sólido, líquido, gasoso e plasma. A equipe de pesquisa explica que o BEC ocorre quando a temperatura das moléculas de um gás é tão baixa que suas funções de onda começam a se sobrepor. Esse fenômeno representa uma transição de fase, semelhante a processos como a evaporação. Os condensados de Bose-Einstein permitem a análise das propriedades quânticas da matéria em uma escala mais controlável do que a nível atômico. Embora os primeiros BECs tenham sido criados a partir de gases atômicos, como rubídio ou sódio, desde 2008, os laboratórios têm conseguido gerá-los a partir de moléculas diatômicas, como o rubeto de potássio. O estudo mais recente também se baseia em uma molécula diatômica de sódio-césio. Os pesquisadores da Universidade Columbia conseguiram resfriar o BEC a uma temperatura de cinco nanokelvin, o que representa cinco bilionésimos de grau acima do zero absoluto (-273,15º Celsius). O método utilizado para alcançar essa temperatura extrema envolve o uso de microondas, que surpreendentemente não servem para vibrar e aquecer as moléculas, mas sim para evitar que colidam umas com as outras. Essa técnica permitiu a eliminação das moléculas mais quentes, garantindo que apenas as mais frias permanecessem no gás, levando à redução da temperatura necessária para a transição de fase. Os detalhes desse estudo foram publicados em um artigo na revista Nature. Essa conquista não é apenas um feito científico impressionante, mas também abre possibilidades intrigantes para a pesquisa futura. A capacidade de manipular a interação entre as moléculas de BEC pode emular interações quânticas fortes, como aquelas dos elétrons. Isso permitiria a exploração de diversos fenômenos nessa escala, incluindo a investigação de novos tipos de superfluidos. Além disso, os BECs podem ser transformados em "simuladores" que reproduzem as propriedades quânticas de outros materiais, ampliando as aplicações dessa tecnologia. Em um panorama mais amplo, esse avanço representa um marco na física quântica e abre caminho para descobertas e inovações futuras que podem revolucionar nossa compreensão da matéria e da mecânica quântica. A constante evolução e aprimoramento das técnicas de manipulação e estudo de condensados de Bose-Einstein prometem continuar inspirando novas pesquisas e descobertas no campo da física. Para ficar por dentro das últimas novidades e avanços no mundo da ciência e da tecnologia, não deixe de se inscrever no canal do IGN Brasil no YouTube e de acompanhar as páginas nas redes sociais, como Facebook, Twitter, Instagram e Twitch.

Fonte Notícia: https://br.ign....

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