Desafios na Autonomia de Carros Elétricos: Caso BYD Dolphin

Teste revela discrepâncias na autonomia do BYD Dolphin, alertando para questões de carregamento e informação incorretos. Importância de testes independentes e transparência das montadoras.

Desafios na Autonomia de Carros Elétricos: Caso BYD Dolphin

A questão da autonomia de carros elétricos sempre gera discussões acaloradas. Muitas vezes, as medidas divulgadas pelas montadoras divergem das publicadas por órgãos especializados, resultando em números substancialmente diferentes. Na prática, a autonomia real tende a ficar em algum ponto intermediário entre esses valores. Esse cenário já foi observado com a Cybertruck da Tesla e o mais recente caso envolve o BYD Dolphin, um dos carros elétricos mais acessíveis disponíveis no mercado brasileiro. Recentemente, a revista Quatro Rodas realizou um teste de durabilidade nas estradas com o BYD Dolphin e descobriu que a autonomia do veículo em rodovias era próxima de 300 km com uma única carga. Em comparação, o Inmetro divulgou que o carro faz 291 km, enquanto a montadora chinesa afirmava que o veículo alcançava 400 km com uma carga completa. Durante o teste conduzido pelo jornalista da revista, medidas adicionais foram tomadas para garantir a precisão dos resultados, como a desativação do ar condicionado quando o nível da bateria estava mais baixo, a fim de reduzir o consumo de energia. O percurso foi realizado no modo de condução mais econômico, no qual o veículo utiliza os freios para regenerar parte da energia consumida. Além da diferença significativa na autonomia em comparação com a informação oficial, a Quatro Rodas também constatou discrepâncias na potência de carregamento e na capacidade da bateria do BYD Dolphin em relação aos dados fornecidos pela BYD. Durante o carregamento em um ponto comercial, o equipamento indicou que a carga estava atingindo 66 kWh, enquanto o manual do carro especificava uma capacidade máxima de 60 kWh. A revista entrou em contato com a montadora chinesa para esclarecer se houve alguma atualização de software que explicasse a diferença, mas a BYD negou qualquer modificação. Essa situação levanta preocupações, pois um carregamento mais rápido do que o recomendado pode acarretar uma série de problemas relacionados à vida útil da bateria do veículo elétrico. Segundo a Quatro Rodas, a BYD não foi capaz de justificar o motivo pelo qual a bateria estava sendo carregada em um ritmo mais acelerado do que o informado. Essa inconsistência pode resultar em impactos negativos não apenas para a autonomia do veículo, mas também para a segurança e desempenho a longo prazo. Esses casos reforçam a importância de testes independentes e de divulgação transparente por parte das montadoras, a fim de garantir que os consumidores tenham informações precisas e confiáveis sobre os veículos elétricos disponíveis no mercado. Além disso, destacam a necessidade de maior regulamentação e fiscalização para assegurar a precisão das especificações fornecidas pelas fabricantes de automóveis elétricos. Se você se interessa por conteúdos relacionados à tecnologia, não deixe de se inscrever no canal do IGN Brasil no YouTube e seguir as páginas do site nas redes sociais, como TikTok, Facebook, Twitter, Instagram e Twitch. Você também pode acompanhar o jornalista João Paes Neto no Instagram e no Twitter para ficar por dentro das últimas novidades do mundo da tecnologia.

Fonte Notícia: https://br.ign....

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